Rede sociais ou rede de intrigas?

Você certamente já se perguntou o quanto dá para confiar nas informações que chegam pelas redes sociais, certo?

Talvez até já tenha sido assunto nas suas aulas de inglês. Antes de tudo, realmente o problema das fake news é alarmante, cada vez mais debatido e pede medidas urgentes para que não comprometa diversos aspectos práticos da vida em sociedade, especialmente em épocas de eleições.

Professora de Harvard faz um resgate histórico das fake news nas mídias sociais para entendermos como chegamos até a atual guerra de desinformação

Para entendermos as circunstâncias que nos trouxeram até essa situação, Joan Donovan, docente da Harvard Kennedy School, faculdade de políticas públicas e administração pública da renomada universidade americana, resgata na revista Scientific American a primeira experiência marcante com esse desvio informativo quando em 1999, aconteceu uma reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Seattle.

Science News, Articles, and Information - Scientific American

Naquela ocasião, milhares de manifestantes foram às ruas protestar contra a globalização econômica e consequentemente a repressão militar a eles foi violenta. Um pequeno grupo de artistas-ativistas, batizado de Yes Men, criou um site que parecia ser o da OMC, inclusive com o design e os logotipos do original, para parodiar a organização. Até mesmo as palestras esse grupo chegou a apresentar como sendo em nome da OMC.

Na sequência, o grupo pegou gosto pela estratégia e, posteriormente, veio a clonar sites como os da National Rifle Association, New York Times e Shell, entre diversos outros.

A iniciativa pontual gradualmente foi se difundindo até o ponto da atual guerra de desinformação. Passadas duas décadas, é cada vez mais usual a divulgação de fake news, dados equivocados, distorcidos ou simplesmente mentirosos e as ferramentas de compartilhamento são cada vez mais variadas e acessíveis, facilitando a proliferação desses dados.

Mas o que está por trás ?

Por trás da dissonância cognitiva dos internautas estão, cada vez mais, evidências de operações estrangeiras, especialistas partidários, supremacistas brancos, misóginos violentos e golpistas. Eles usam perfis falsos nas mídias sociais para ganhar dinheiro e difundir, muitas vezes com fake news, projetos políticos para os quais a mídia tradicional não costuma dar espaço. Poucas pessoas se previnem dos riscos de compartilhar informações pessoais em excesso.

Escute esta análise ilustrativa da situação de comunicação via redes sociais e as consequências e os perigos existentes:

Existem razões econômicas que complicam o quadro. Para se tornarem lucrativas, as empresas que administram as mídia sociais decidiram expandir a base de usuários, revisando as estratégias de publicidade de modo a tornar os usuários seu valor de mercado.

Além de novos serviços, igualmente a telefonia móvel e a banda larga facilitaram a coleta de dados dos usuários.

Quanto mais pesquisas e cliques melhor será para a economia digital

Pois bem, esta é a realidade: quanto mais cliques e interações, mais dados para a economia digital explorar. Engajamento ao conteúdo virou palavra de ordem, outro tema recorrente nas aulas de inglês sobre negócios online no mundo de hoje. Mais que isso, os próprios usuários passaram a gerar conteúdo e, consequentemente, fidelizar seguidores. Mas as consequências não eram claras e a situação saiu de controle, como admite esse ex-executivo do Facebook:

Se você produzir seu próprio conteúdo, as redes sociais permitem monetizar seu perfil, seja por meio de doações, assinaturas ou conteúdo patrocinado. A necessidade de fidelização customiza quais assuntos serão apresentados numa mesma rede social para cada usuário. Com a falta de iniciativas das empresas de mídia social e dos governos, os riscos estão postos e não são poucos, lembra Donovan.

 O Yes Men continuou apostando em hoaxing, criação de boatos como forma de protesto. Supremacistas brancos criaram “sites camuflados” para difamar Martin Luther King Jr. e outros ativistas negros. Por um lado, movimentos sociais de luta por direitos civis puderam se organizar e se expandir no Facebook, Twitter e YouTube, caso da Primavera Árabe, o Movimento Occupy Wall Street e Black Lives Matter. Entretanto, em 2013, o informante Edward Snowden revelou que governos, empresas e campanhas políticas espionavam os cidadãos pelas mídias sociais. A credibilidade da informação ficou cada vez mais comprometida em meio à guerra de desinformação que se estabeleceu.

Vários artifícios falsos são usado para atingir diferentes objetivos 

Entre as táticas que ainda são usadas estão perfis falsos de políticos famosos, contas falsas para assediar e enganar jornalistas e ativistas, publicidade paga, técnicas para influenciar algoritmos de tendências e contornar a moderação de conteúdo, bots para engajamento falso que depois gera lucro real e indivíduos que fingem pertencer a grupos marginalizados e vulneráveis para exagerar, difamar e desorganizar suas causas. Quando descobertos, falta reação organizada das empresas de mídia social e dos governos.

Mas será que há somente contras? Ou há prós também

Na verdade,  há outros riscos nas redes sociais, mas também benefícios que compensam pelo menos em parte os cuidados necessários, como os listados aqui:

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E, você bem sabe que não se pode compreender bem as interações nas mídias sociais sem conhecer sua linguagem mais específica, como as abreviações. leia blog desenvolvido pela languagePRO.

 

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